terça-feira, 25 de dezembro de 2007

por (dentro)

- Então você desistiu de insistir?

(Eu insisto em desistir, porque se eu desistisse tudo seria tão facil. Você se abriria pro mundo. E eu poderia enfim seguir em frente com os meus planos. Tudo no singular. Não mais conjugaria verbos na primeira pessoa do plural. Não mais sentaria para te explicar aquela matéria chata que você insiste em não entender. Então eu teria tempo pra minha familia. E tempo para descansar. E talvez para arrumar o meu quarto. E não precisaria te ligar pra saber se você está melhor da sua gripe, já que você não come direito.
Mas, por outro lado, se eu desistir de insistir nessa ideia maluca de ficar sem você, ai sim eu seria maluca (o). Porque você faz tudo isso que eu quero deixar de fazer por você. E ninguém nunca fez isso por mim. Por todos os seus gestos, nunca, jamais, previstos. Cada olhar seu era uma surpresa nova. Parecia que você me ensinava palavras novas. Você mudou meu vocabulario. A minha escrita. A minha história. Na verdade você não mudou, você fez. Criou palavras, fez histórias (e as contou) [pra eu dormir]. E nós fechados fazemos loucuras. Meu Deus que paredes! (parte das histórias)
E o que seria dela sem mim? Afinal, ela é só uma menininha, com toda a insegurança num pacote enorme que ela carrega na mesma mão em que me segura. Nesse mundo malandro..De malandro já não me basta?
Ah olha a carinha dela, e os peitos, e essa coxa..

- Eu desisto de tentar te dizer que eu vou continuar insistindo em tudo isso. Até que você desista dessa insistência.

next, please!

Certa vez, em um dos encontros quando fui pegar Viorel para ficar o final de semana comigo, resolvi tocar no assunto: perguntei por que tinha se mostrado tão calma quando soube que eu desejava me separar.
- Porque aprendi a sofrer em silêncio toda a minha vida - respondeu.
E só então me abraçou e chorou todas as lágrimas que gostaria de ter derramado aquele dia.
( A Bruxa de Portobello - Paulo Coelho)
algo me tirou toda a inspiração. eu tenho tanta coisa guardada em mim e nada sai. tá seco. (como é que se dissolve sentimento?). me passa a receita. eu sabia tudo de cór. frases feitas enroladas em cetim vermelho. não des-ata esse nó. solidão. melhor amiga nessas horas. preciso de respostas. mas quais são as perguntas? não vou me lamentar. o que eu levo desse ano? levo um coração aberto pra próxima e muitas conquistas. um céu ilumidado a todos. muita poesia e músicas intermináveis...
alohaaa.
pés na areia. eu quero é mar! (:

sábado, 15 de dezembro de 2007

lake

ioga. fiz ioga com minha alma. eu estava distante. de mim mesma. eu me procurava pelos cantos do meu corpo e não me encontrava (te encontrei). achei estranho, dei de cara com minha face fria. rímel, batom e blush não fazem interior nenhum mais belo. já devia ter aprendido isso, dona maria! de nada adianta fotos bonitas e um coração vazio. alma amargurada. tava perdida nos meus sentimentos. nos pensamentos alheios. sozinha na minha solidão. tava sentindo minha própria falta. minha ausência tava preenchendo meu quarto vazio. mas foi hoje, eu me achei. hoje eu fiz uma promessa comigo mesma. eu ia perder tudo. perco amor, perco dor, até alegria. mas não vou me esquecer. minha alma tava pedindo socorro nesse oceano. eu tenho que ter mais amor próprio. não faz sentindo viver sem um protagonista. eu sou o escritora, editora e leitora do meu conto. sou cúmplice dos meu erros e ganhadora da minha felicidade. imensidão na caixa de sapatos. no box do banheiro. no espelho do batom. eu to me vendo. meu reflexo tá no arco-íris. eu não me canso de me ver estampada em mim.
quando dei por mim tava aqui...

domingo, 9 de dezembro de 2007

(des)crevendo pra você


Um bom dia pra você. Mesmo que seja duas da manhã e você esteja me ouvido a umas quatro horas. Mesmo que você não me ouça de verdade. Eu desejo mesmo que você tenha um bom dia. Porquê o meu dia passa se arrastando pra te contar aquela novidade. E que saudade..Ah as semanas de prova. Um caos sem fim pra ter você me acalmando e falando bobagem enquanto era pra eu decorar Quimica Orgânica. Relação quimio-fisica; Você é o cerebro. E eu sou o coração. Eu sou o azulado da iris. E você os cilios entrelaçados, que desatam quando necessario. Você é o mapa das rotas que ja cruzei. Só você tem a kilometragem. Mal me lembro da parada que fiz ontem. Você os tem em detalhes. E são tantos que me parecem desenhos. Em que você é o narrador dizendo "perceba que dessa forma tudo se ajeita". Ah como eu gosto do modo como quer que seja feliz. Parece que vejo seus olhos-amigo (duplo sentido). Digo de fato, que sonhei por varias noites que seu abraço me esconderia do mundo. Ihh, o mundo! Aquele que tu me mostra como realmente es. Eu sou o turista e você o guia. Se ali é Paris, de fato ali será Paris. Suas palavras ditas são palavras concretas. Alheio ao seu eu. Do qual mal consigo enxergar. Mas sinto. Abstrato é interpretar algo ao seu modo, é caracteristico. Adjetivo.
Da pra fechar os olhos e dizer que odeio tudo isso em você. relação dependência. Dependo do adjetivo. Dependo da descrição adjetiva. Vicio esse que não quero desvencilhar. Eu sou um pouco de você. E você é o trajeto de mim. Obrigada por me mostrar isso.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

aperte play

sou mil personagens. tenho vários amores. poucos amigos (pelo menos os de verdade). nenhum puto no bolso. e eu lá preciso de mais? eu preciso de pouco. preciso mas não quero. é que a gente sempre quer mais. mais belezas (frias), mais capas de Caras, mais bundas perfeitas e rostos intocáveis. alguém já pediu ao bom velhinho desejar menos? menos realidade e mais sonhos?! eu queria ficar presa no país das maravilhas. não, não, a passagem é só de ida. a volta, aah, eu venho como der. se não der, eu fico por lá mesmo. me desculpa a utopia de vida. é que eu to desiludida de tanta ilusão. o acaso já tá escrito em folha de seda (me rasgo fácil). e palavras não tem mais valor. to tentando fugir do próprio destino. não sei o que me tá reservado. medo? engano meu. talvez até seja...
não se preocupe. eu escrevo cartas. endereço: Terra do Nunca. eu sei, mandar cartas tá meio fora de moda..
leve o mundo que eu vo já'

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

posição 69

Estive entrando em parafuso. A vida é mesmo uma loucura. Num dia você faz declarações mil na chuva gelada estragando sua chapinha por ele! No outro ele te chuta. Qual o problema dos homens? Quer dizer, você tem tanta certeza que ele te ama que seria capaz de perdoar uma traição. Quando na verdade no outro dia ele termina por pura falta de tempo. Balela! Ele ta afim de outra. Tem uma loira na parada. Sabia que aquela mensagem era algo. Não era a prima dele de São Paulo. É amiga, fomos enganadas! Dormimos com ele e acordamos com um monstro que resolveu não ligar porque esteve muito ocupado no trabalho. Isso é um chiste! Quem ele pensa que é? Eu deveria dar um fora nele por olhar pra bunda da garota gorda que passou na nossa frente no shopping. Eu que deveria chuta-lo por me deixar num sabado a noite em casa enquanto ele tá numa pelada com os amigos. É meu bem, acontece que os temos na mão. Ele não quer sexo só com vagabundas. Ele quer sexo com a menina que quer se casar. Ele gosta de um cineminha no sabado a noite. E faz um esforço pra falar que sua sogra adorou a sua roupa. Quando na verdade ela achou indescente. Ele te liga de madrugada chorando porque seus pais estão em pé de guerra. E você? Bem, você adora se sentir importante assim. Porque não a ninguem pra quem ele ligue contando os problemas. Não ha ninguem que o faça dizer que te ama bagunçando todo o seu cabelo e rindo sentado num parque em pleno sol do meio dia. Isso pra mim, ja basta. Acho o suficiente. Por esses momentos, meu bem, você me tem na mão! Que confusão!